quarta-feira, 4 de agosto de 2010

17

Logo o dia passou e Math acompanhou Angel na sala de aula e em todos os lugares que seus olhos conseguiam enxergar. Ele não sabia a estranha sensação que corroia ou melhor dizendo preenchia o seu coração. Math jurava sentir Angel cada vez mais dentro dele pelo seu olhar, todos os seus olhares carinhosos. Faria com que todo o mundo parasse e que cada gota de amor que escorria por dentro do seu peito lhe molhasse cada vez mais, cada vez mais. Então veio a compreensão de que tudo aquilo que estava vivendo seria pura utopia, Math nunca teria beijado os lábios de Angel, jamais teria se aproximado o suficiente para sentir toda a sua essência. Foi quando tomou a terra de volta aos seus pés e viu Angel passar pela sua frente:
- Angel.- Gritou Math.
- Diga?
- Eu quero te dizer, uma coisa. - Suspirou fundo o garoto.
- Estou aqui o que aconteceu?
- É que... - Math não conseguia terminar ate que uma amiga de Angel a tomou pelos braços chamando para lhe ajudar em uma tarefa.
- Depois você me diz, não esquece ta? - Disse sorrindo Angel e logo partiu.

Math ficou o resto da aula em nostalgia, uma mistura de duvida que nos causa vontade de fazer tudo e absolutamente nada. Já não sabia se sentia o seu corpo, se sua vida era tão importante assim, poxa ele não conseguia dizer para uma garota o quanto sentia vontade de abraçá-la, beijá-la e de ver o por do sol ao seu lado. Será que um garoto necessariamente precisa encarar seus medos? Por que viver só com o que sentimos é uma forma tão incompleta, mesmo que seja nossa dor, nosso amor ou qualquer tipo de emoção? É que ser menino as vezes parece ser mais difícil do que ter responsabilidades de um adulto. Bem que sei o quanto deve estar doendo o coração de Math, todos nos já sofremos por amor, sem ter a coragem de demonstrá-lo. Uma coisa eu sei e digo a vocês que lêem: O amor que Math sente é o da inocência aonde uma estrela é um recanto para o romântico modo de amarmos como crianças, sem a poluição de nossos pensamentos sexuais, aonde a física é só uma forma de expressarmos o que nossa alma quer dizer. É o sono inquietante de nosso peito o dormir querendo e o acordar de um sonho sem querer.

O tempo passou e Math desviou seu ultimo olhar de Angel com o sinal da escola, era a hora de ir embora. Saiu sem se importar muito com o que estava acontecendo ao seu redor seguiu ao ponto de ônibus e sozinho esperou a sua chegada. Ao subir notou que Angel não viria nesse ônibus e se perguntava o por que.
- Talvez tenha ido embora com alguém.- Sussurrava o garoto para si mesmo.

Resolveu então aproveitar essa leve tristeza que invadia seu coração colocando uma musica da banda Creed (se me lembro bem se chamava - One Last Breath) enquanto pela janela do ônibus olhava a lua ofuscada pelas nuvens.
Seu reflexo lhe jurava amor e sua razão a pura loucura:
- Pouco quero saber a razão do meu coração, se sinto deixo continuar sentindo. - Dizia entre a musica que coordenava a sua vida naquele momento.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

16

Quando Math iria responder, Angel o interrompeu dizendo:

- Deixa isso, já chegamos à escola.- Pegando a mochila voltou a dizer.- Vou indo na frente que preciso encontrar uma amiga.

Math não respondeu absolutamente nada. Ficou parado por um momento sem entender a atitude de Angel, ela parecia tão doce e em um instante ter sido a mais rude. Ele não poderia também culpá-la, talvez ele tenha tocado em algum assunto inacabado.

Às vezes pensamos que, o amor da nossa vida sempre tem que responder de forma que não nos machuque, achamos que o amor da nossa vida é aquele que deveria trocar todos os seus sonhos para viver os nossos. Pensamos que o amor da nossa vida, tem que viver tudo aquilo que vivemos, mas quando notamos que nada disso é verdade, já é tarde. A tristeza de ver partir quem amamos com tudo que podemos, e ir embora é tão triste que começamos a nos perguntar, o por quê, no que falhamos? E a resposta é tão simples: Amamos tanto as pessoas, que acabamos esquecendo de que elas são como borboletas, que se perderem suas asas, morrerão.

Math sentiu a compreensão de que o novo não é como o velho. Sentiu o cheiro que ficou a mesma sensação que doeu no peito, foi de impacto a volta para terra com a voz de Angel:

- Você não vem?

- Ah claro, claro. - Colocando a mochila nas costas e seguindo em direção da saída do ônibus.

Math viu Angel sair na frente com aquele leve trotear, que mais lhe dava vontade de correr e abraçá-la, porém, não tinha tamanha intimidade para fazê-lo. O tamanho da melancolia que tomava conta de Math era como sussurros que vinham do escuro de sua alma, ou comparado a uma chuva de vidros dentro de seu peito, cortando pedaço a pedaço aquele fio de sorriso.

É tão bom morrer de amor por alguém e continuar vivo. Mas isso não basta. Você sabe que não é o suficiente, porque quando se ama, é necessário morrer todos os momentos e ressuscitar em todos os segundos por alguém. Um breve momento é extinguível é esquecível e Math via tudo aquilo escorrendo pelos seus dedos, e aos poucos por seus olhos.

- A vida continua como a cada topada que já dei na vida.- Sussurrou o garoto.

O estranho é que aquele momento, mesmo que parecendo insignificante foi tão importante e marcante. Foi uma fagulha que acendeu uma chama que parecia nunca mais ter fim.

Math continuou seguindo de cabeça baixa e às vezes olhando entre os cantos, pessoas romanticamente se olhando, entre outros amores já vividos, se beijando. Às vezes é tão doloroso ver outras pessoas com seus amores e você sozinho ou até mesmo na ansiedade de não mais suportar viver só por aquilo. Mas cadê? Math estava só no inicio de uma louca ou talvez uma insana e dolorosa paixão.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

15

Quando o garoto estava indo sentar, soltando as mãos dos apoios de cima, o ônibus passou por um buraco que fez Math se desequilibrar e cair bem sentado ao lado da garota loira.
- Math ?.- Perguntou a garota.
- Angel?.- Perguntou também Math que praticamente estava com a cabeça no colo da garota. - Sim, ainda sou eu, haha!.- Respondeu a garota.
Que grande papel de bobo Math fez naquele momento, como podia ele achar que logo ali não seria Angel? Era obvio o seu lindo cabelo loiro que refletia como o sol sobre uma janela de vidro, sem dizer dos seus olhos verdes que mais pareciam duas pedras brilhantes que delicadamente iram se quebrar. Math ao se levantar e se ajeitar no banco, pode notar o leve traço da boca de Angel, que o atraia naturalmente. Ele queria tanto saber o gosto, queria tanto poder não só ficar olhando, mas segura-la pela nuca e lentamente tocar lábio a lábio, língua a língua, como se em um louco desejo de se jogar do alto de uma pedra, que pulasse caindo no infinito, sem morrer.
- Esta tudo bem Math?.- Perguntou Angel sorrindo e logo continuando.- Esses motoristas de ônibus as vezes se esquecem que existe pessoas dentro.
Math ficou por um tempo paralisado, como ele achava incrível a forma em que Angel comentava. Pensava "Mesmo dizendo algo bobo ela fica tão linda". Mas logo voltando a si, respondeu:
- Esta tudo sim.- E sorrindo volto a dizer.- É, verdade, são loucos.
Por algum tempo ambos se calaram. Angel realmente parecia um anjo, era tão bonito o seu olhar perdido pela janela a fora, observando o passar rápido das coisas, das casas e das nuvens que pareciam acompanhar seus olhos em movimentos.
O que dizer, em um momento em que olhar basta? O que seria mais interessante em todos os momentos da vida de Math, do que ficar olhando alguém que lhe deu o sopro de vida?
A cada olhar de Math para Angel olhando pela janela, era como milhões de fotos sendo registrada em sua mente. E a sensação de borboletas no estomago era como um gostoso deitar na areia da praia, bêbado.
Math observou que a mão de Angel estava por cima da mochila que levava no colo e sem se conter alisou rapidamente o dedo sobre sua mão.
- O que foi.- Perguntou Angel.
- Nada.- Respondeu Match.
Se calaram novamente, até que Math perguntou:
- Quantos anos você tem?
- Tenho 16 anos.- Respondeu Angel, e logo perguntando.- E você?
- Também.- Respondeu o garoto.
- Eu preciso te dizer uma coisa Angel.- Disse Math cujo coração quase saltou pela boca.
- Pode dizer Math.- Respondeu Angel com um olhar tão doce que Math não viu, mas se visse se derreteria.
- Eu sonhei com você.
Naquele exato momento, Math viu Angel se corar. Ele sabia que palavras são como flechas sendo atiradas em direção as pessoas. Como a pobre garota não se coraria? Math tinha a certeza de que toda garota por mais que negasse gostaria que algum rapaz sonhasse com ela.
Disfarçando a timidez Angel perguntou:
- Por que você mente?
E seu olhar de tímida começou a mudar para um olhar triste que ofuscava seus olhos.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

14

Chegando ao ponto de ônibus Math se sentou e logo veio o tédio. Resolveu então começar a ler as tags escritas no ponto, que foram feitas com caneta, errorex e algumas até mesmo com chiclete. Havia diversos S2, entre palavrões sem sentido, que desinteressavam a compreensão.
Aquelas tags que antes eram interessantes se tornaram coisas chatas e repetitivas que sempre continham o mesmo intuito, declarações e coisas do tipo. Math podia ate acreditar que isso era uma coisa de idiota, mas não poderia negar para si mesmo a grande vontade que teve de escrever o nome de Angel e ao lado colocar um s2. Resolveu parar de ler e pegar o ipod que estava dentro de sua mochila para ouvir musica, na tentativa de esquecer a vontade de escrever. Colocando o fone e dando play no ipod, Math pode notar que a musica que estava tocando era Oxygen de Colbie Caillat, a musica começou a causá-lo um breve momento de nostalgia. O começo que dizia "Tornei-me parte de um mundo feito de pessoas mal humoradas" o fez lembrar de todos os momentos de sua vida, todos aqueles momentos em que via pessoas reclamando de tudo e de todos, que não ligavam para "quem" tinham na vida, apenas davam importância para "o que" tinham na vida. Math começava a olhar tudo em sua volta e conseguia enxergar muito mais verde as pequenas graminhas que saiam debaixo da calçada. Era incrível se sentir parte da musica, mas nostálgico realmente foi o momento em que Colbie Caillat cantou:

"Encontrei um garoto
Que tinha o sonho de fazer todos sorrirem
Ele era radiante
Eu desabei
meus pés como tijolos sob a água
Como eu poderia te dizer como me sinto?
Eu preciso de oxigênio"

Aquela foi a melhor forma de expressar toda a sensação que Math sentia por Angel. Ela era a garota que lhe trouxe o sorriso radiante, a simpática forma de fazê-lo rir e a melhor forma de desabar como pés de tijolos sob a água.
Math aos poucos foi tomando o gole da realidade quando notou que seu ônibus estava chegando. Entrando no ônibus olhou para o motorista que ao mesmo tempo também era o cobrador. O sujeito tinha uma cara oleosa e duas enorme marcas de suor de baixo do uniforme azul, a sua barba lhe dava aparência de malvado e asqueroso. Math pagou a tarifa e passou pela roleta, até que avistou bem de fundo alguém que o chamou atenção. Era uma garota loira, que tinha as mesmas semelhança de Angel. Math se sentou um pouco mais a frente, e ficou olhando a todo momento sem ter a certeza se realmente era ela. Pensava "se fosse a Angel, ela teria me chamado", "ou será que não?". Aquilo o deixava meio intrigado, ele não tinha a mínima certeza se era Angel, pois não conseguia olhar para sua face e para ajudar a garota estava todo tempo olhando para a janela.
Math resolveu então se levantar, seguiu bem mais próximo da garota que supostamente poderia ser a Angel. Mas o pobre garoto não tinha a coragem de perguntar, apenas ficava tentando observar na grande duvida. Math estava em pé de braços erguidos segurando nos apoios do ônibus. Math pensava, "acho melhor sentar, vão me achar um idiota em pé, com tanto lugar para sentar".

quarta-feira, 12 de maio de 2010

13

Depois que Math riu do modo que seu avô se referiu a barriga, ficou por um tempo em silencio e seu avô logo notou e perguntou:
- O que há meu garoto?
- Nada. Respondeu Math.
- Ah, vai esconder isso do seu amigão aqui?- Insistiu seu avô.
- Ainda não é tempo de comentar.- Disse Math.
- Então você me promete contar, quando for o tempo?- Perguntou seu avô.
- Com toda certeza!.- Disse sorrindo Math.
O garoto não sabia se era a hora certa de dividir aquele sentimento com mais alguém a não ser que tivesse toda a certeza do mundo. Isso era importante, como poderia ele dizer que amava e talvez de um tempo afirmar que só foi uma leve brisa do amor, isso seria muita infantilidade.
Ficaram conversando por mais algum tempo sobre coisas banais, que mesmo não sendo da importância de Math ele se sentia no dever de mostrar interesse. Até que olhou para o relógio e viu que já estava na hora de ir para escola, se levantando disse:
- Vô, tenho que tomar banho para ir para escola.
- Então vá, ficarei conversando com sua mãe.- Respondeu Sebastiam.
- Ok, te aviso quando for sair.- Disse Math indo em direção da escada.
Math subiu as escadas e já não podia esquecer os pensamentos que estavam sempre ligados a Angel. Ele olhava para o quadro de balas que tinha no corredor, e lembrava de doce e doce lembrava a voz de Angel. Entrando no seu quarto, olhou o espanador com penas e penas lembravam asas, que lembrava Anjos, que lembrava enfim o seu nome: Angel. Era uma loucura gostosa de sentir, era um vai e vem de palavras que se misturavam e sempre formavam Angel. Até pensava que essa paixão estava se tornando rapidamente um jogo de enigmas, aonde o objetivo era firmá-los nos lábios de Angel, pedaço a pedaço.
Mas logo após ter olhado o quadro e o espanador, balançou a cabeça e disse em voz alta:
- Uau estou ficando louco.- E rindo completou.- Ótimo.
Seguiu para o Banheiro feliz da vida.

Depois de ter tomado banho, se vestido e escovado os dentes, bagunçou o cabelo em frente ao espelho, que tinha um lindo penteado natural. Resolveu desligar o computador e descer para avisar sua mãe que já estava pronto para ir para escola.
- Mãe pode me levar?.- Perguntou Math
- Esta atrasado?.- Perguntou também sua Mãe.
- Não, não estou.- Respondeu Math, imaginando que ela não o levaria.
- Então pegue esse dinheiro e vá de ônibus. Tenho que conversar mais coisas com o seu avô e terminar alguns serviços.- Respondeu sua mãe.
Math não respondeu, claro que achou a idéia péssima de ter que ir de ônibus. Só que realmente ela não estava indo pela escola, mas sim por outros motivos, alias; uma única motivação, Angel.
Subiu para pegar sua mochila e depois descendo se despediu de sua mãe e de seu avô e seguiu em direção ao ponto de ônibus que ficava a duas quadras de sua casa. O garoto andava um pouco diferente dos outros dias, com a cabeça mais erguida, as vezes batia com o pé entre as elevações que existiam nas calçadas, se desequilibrando e logo rindo de si mesmo.

terça-feira, 11 de maio de 2010

12

Math continuou deitado ate que seus olhos começaram a ficar embaçados, coçando-os olhou para o relógio e viu que já era muito tarde. Resolveu se levantar fechar a janela e ir dormir.

Depois de ter dormido o suficiente para se sentir bem, viu que no relógio já eram duas horas da tarde. Se levantou para ir ao banheiro lavar o rosto, se encarou no espelho e sorriu.
Voltando do banheiro se sentou no computador, até que ouviu a porta abrir.
- Seu avô esta vindo aqui.- Disse sua mãe.
- Ah, ok.- Respondeu Math.
Math tinha uma relação muito sadia com o seu avô. O considerava como o seu melhor amigo, aquele em que lhe fazia ter bons momentos juntos fazendo algo ou simplesmente nada. A relação passou a ser muito mais forte depois da morte de seu pai Henry. Seu pai morreu de um ataque cardíaco
a três anos atrás, foi uma época muito complicada para Math, mas que o ajudou a encarar as coisas com muito mais firmeza e enxergar a vida por muito mais saídas do que apenas a de se culpar por qualquer coisa que tenha feito. Isso fez também que valorizasse ainda mais a sua querida mãe. O nome do avô de Math era Sebastiam, era pai de seu pai. Creio que Sebastiam se aproximou mais do neto, para tentá-lo fazer se sentir mais seguro. Acredito que também tenha sido como algo mais próximo que restou de seu filho.
Math continuou navegando pela internet olhando algumas musicas e lendo algumas matérias em sites interessantes e é claro pensando se viria Angel mais tarde na escola.
Depois que passou algum tempo Math ouviu a campainha tocar, desceu correndo para atender. Quando abriu a porta viu um senhor barrigudo e sorridente, tinha a barba feita e o cabelo grisalho e os olhos eram castanhos que lembravam muito o de Math.
- Avô!.- Anuncio Math
- Haha, ainda me reconhece?.- Respondeu Sebastiam e rindo voltou a dizer.- Da um abraço aqui no seu velho.
Os dois deram um abraço forte de saudade, que sempre era o responsável por preenche aquele vazio dentro do peito de Math.
Math convidou seu avô para entra e se sentar no sofá. Ligando a TV perguntou:
- Com o senhor esta se sentido?
- Cada dia mais caduca, haha.- Respondeu seu avô rindo.
- Mas olhe até que não estou tão mal assim, não acha? .- E batendo na barriga, disse.- É acho que não esta la essas coisas, haha.
Math caiu em risos, mas ainda sim preocupado.
O avô de Math era sempre bem humorado e trazia alegria para vida do garoto. Mas ultimamente Math notou que seu avô, andava meio abatido. Mas sempre que perguntava ouvia sempre as mesmas respostas de que estava ótimo.
O que fazia realmente Math gostar de seu avô era o fato de saber que ele era uma pessoa de cabeça aberta, era o que o incentivava a sonhar e viver grandes amores. Seu avô sempre dizia:

"Se lhe derem motivos para não sofrer, então não sofra. Mas se lhe derem motivos para não amar, então questione esses motivos."

segunda-feira, 10 de maio de 2010

11

Ficou por mais algum tempo navegando pela internet até que resolveu descer e comer algo. Chegando a cozinha viu que sua mãe já tinha ido dormir. Ela tinha feito um bolo que realmente estava com uma cara deliciosa e um suco de laranja tão gostoso que só de olhá-lo deixava Math morrendo de sede.
Depois de ter se alimentado, notou que por um tempo seus pensamentos tinham se desconectados de Angel, mas até lembrar disso, passou a ficar a madrugada toda pensando na garota.
Era um tanto que desajeitado a forma que pensava, uma mistura de pensamentos mal organizados que refletiam em "Será que ela ira amanha?" ou "Quero muito ir para escola". Math era realmente bipolar, um dia atrás mal queria se levantar da cama e ir para escola e hoje é como se realmente tivesse toda a motivação do mundo possível para cometer esse ato diariamente.
Voltou para seu quarto e tentou dormir e se revirando para todos os lados da cama desistiu, resolveu então ir até a janela e olhar o céu. Math tinha essa mania de se desprender de tudo apenas olhando o céu. Mesmo com a escuridão a lua refletia nas pequenas nuvens que teimavam em esconder as brilhantes estrelinhas, só que o garoto sempre encontrava uma ou outra que até dava a impressão de estar sorrindo para ele.
Observando o céu Math juraria de joelhos que sentiu uma estrela lhe perguntando no pensamento:

"Se você fosse capaz de voar, até aonde voaria agora?"

Math poderia até negar para si mesmo, mas o que realmente valeria era o que veio em imediato em sua cabeça "A casa de Angel". A madrugada era um verdadeiro copo transbordando paixão. Aquela euforia com ansiedade que não deixava Math fechar os olhos e dormir, chegava até ser muito mais gostosa de se sentir do que a dor maravilhosa de se fazer uma tatuagem.
A lua bem no alto chamou muito a atenção de Math, tinha um ar cabisbaixo e triste. O garoto pensava "Poxa lua, por que me olha assim tão triste?" e sem respostas pensava que mais triste ainda ela ficava. Com os braços apoiados na janela comentou:
- Devo te entender, é como você se sente quando não vê o sol ou por ficar tão longe dele.- Passando a mão entre os cabelos e caindo lentamente para a cama sem perder a lua de foco, volto a dizer.- É como o sorriso que vi ontem, estava lá para mim. Como o sol esta para você. Só que eu não o podia tocar, como você lua, não poderia tocar o sol.
Aquela palavras soavam tão tristes e com sentimentos, que seria capaz de nascer uma flor no mundo com a lagrima de cada ser humano que a ouvisse.
Nunca teria visto a não ser por Math, uma conversa tão intima com a lua, o garoto parecia fazer aquele momento como o único de todo o mundo, é como em especial que as nuvens lhe dessem o privilegio de ter a conversa com a triste e solitária lua.

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